quarta-feira, 3 de outubro de 2012

O medo



O Homem é uma criatura cuja existência decorre em estado de medo constante. Não há sentimento tão generalizado como o medo; é tão antigo quanto a humanidade.

Desde a queda de Adão e Eva o medo aflige o coração humano.


Há quem se recuse a admitir que tem medo, mas todos são presa dele. O medo pode manifestar-se através de nervosismo, depressão, incerteza ou desespero.


As Escrituras mencionam inúmeras situações que ocorreram quer no A. Testamento quer no Novo.

1.    Adão teve medo e escondeu-se (Génesis 3; 9 e 10).
2.    O rei Saul viveu sempre amedrontado (I Samuel 18;29).  Temeu por causa do medo que lhe infundiam os filisteus e consultou uma pitonisa (feiticeira) (I Samuel 28;8). Finalmente suicidou-se (I Samuel 31;1-4).
3.    O profeta Elias sentiu medo ao ser ameaçado (I Reis 19;3,4).
4.    O rei David também passou pela experiência do medo (Salmos 18;4-6).
5.    Quando Jesus apareceu sobre o mar, os discípulos tiveram medo (Mateus 14;27).
6.    Por ocasião da Sua transfiguração, os discípulos tiveram grande medo (Mateus 17; 6,7).
7.    Após a Sua crucificação e morte, os discípulos fecharam-se com medo (João 20;19).
8.    O apóstolo Paulo também conheceu o medo (Actos 18;9 e 10).

A nossa vida está constantemente ameaçada e por conseguinte achamo-nos sob o domínio do medo.


O progresso da tecnologia moderna, longe de diminuir esse medo em nós, aumentou-o mais ainda.


Tememos o futuro, tememos o desemprego, tememos que o médico não nos diga toda a verdade. Enfim, tememos por tudo e tememos por nada. O medo de todas estas coisas e muito mais, leva as pessoas a consultarem astrólogos, videntes, etc.


Procura-se abafar o medo que aflige o seu humano, recorrendo a expedientes que não resultam e que não são recomendáveis, e por causa de não resultar, as pessoas não encontram outra saída senão o suicídio. Outros há que se “refugiam” nos narcóticos, no tabaco e no álcool. Tais meios não podem dar senão uma tranquilidade aparente, superficial e passageira.


Seja qual for o tipo de medo, ele não vem de Deus. Não vindo de Deus, porquê então abrigar o medo no coração? Porquê atormentar-se com o medo? Porquê viver amordaçado pelo medo?


Livremo-nos dos medos; não os toleremos em nossa vida.


A fé em Deus, isto é, o temor do Senhor, baseado no amor, livra-nos de todos os temores (medos). O temor e o amor são irreconciliáveis; no amor não há temor (I João 4;18). Deus não nos deu o espírito de temor (II Timóteo 1;7).


O medo invade a vida de muita gente, roubando-a da vida abundante que Deus veio outorgar-lhe.


O Senhor é a minha luz e a minha salvação, a quem temerei? O Senhor é a força da minha vida; a quem temerei? (Salmos 27;1).

«Ainda que …. Não temeria mal algum…» (Salmos 23;4)